domingo, 8 de fevereiro de 2015

GAROTO COM ATROFIA ESPINHAL PASSA EM TRÊS VESTIBULARES DE UMA VEZ

O adolescente Daniel Vitor do Nascimento Martins deu uma grande alegria e ao mesmo tempo trouxe uma grande preocupação à família ao passar em primeiro lugar no vestibular de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e, de quebra, ser aprovado em Engenharia Elétrica na Universidade de Maringá (UEM) e em Engenharia de Controle e Automação na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus de Cornélio Procópio.
A alegria tem motivos de sobra. Afinal, o garoto tem apenas 17 anos e desde que nasceu é portador de atrofia espinhal, uma doença que compromete a capacidade motora de todo o organismo. Já a preocupação deve-se ao fato de que a vida da família vai sofrer uma tremenda alteração, tendo que deixar a pequena e tranquila Bela Vista do Paraíso para mudar-se para Londrina, o que não seria problema se a futura casa não tivesse que ser toda adaptada para as necessidades do garoto, que vive em uma cadeira de rodas.

O desejo de Daniel e da família era aproveitar a aprovação na UEM, pois gostam de Maringá e acham que seria a cidade ideal para viver, mas como pai, Daniel Rosa Martins, trabalha em Londrina, a opção foi pela UEL, onde o garoto é aguardado com status de gênio.
"Os boletins dele são uma maravilha", orgulha-se a mãe, Rosângela, pois desde que entrou na escola ele sempre tira as notas mais altas. E em todas as matérias. Tanto que tem uma coleção de medalhas de Melhor do Ano do Colégio Sagrado Coração.
"Agora é uma nova etapa e eu estou ansioso para começar logo a aprender matérias novas", diz o calouro, que desde pequeno é interessado em robótica, eletrônica, mecatrônica e é considerado excelente em Matemática, Física e Química, aquelas matérias que metem medo na maioria dos estudantes. Ele próprio diz que não é 'muito estudioso', dedica-se no máximo uma hora de estudo em casa, mas, como se interessa 'por tudo o que está acontecendo', acaba lendo os jornais, revistas, artigos e comentários pela internet, principalmente quando o assunto é ciência.
O candidato que acertou 49 das 60 questões da primeira fase do vestibular da UEL e 25 dos 30 testes objetivos da segunda nasceu com uma doença rara, uma atrofia espinhal que até agora os médicos não conseguiram explicar. Com a doença, diagnosticada aos 10 meses, o garoto nunca conseguiu andar e, desde que se lembra, sua vida foi em uma cadeira de rodas. Ele depende de outros para quase tudo, inclusive na escola recebia o apoio de outros estudantes e professores. Como as dificuldades para manusear papel e caneta aumentou nos últimos anos, a escola permitiu que seu aluno especial usasse um computador.
Por causa das limitações do filho, a mãe não pode trabalhar fora, a casa teve que ser toda adaptada para as necessidades do garoto. "As limitações não fazem dele um garoto infeliz", garante Rosângela. "Mesmo sem poder sair para se divertir com os amigos da mesma idade, o Daniel Vitor sabe aproveitar bem o tempo, se diverte à maneira dele e tem bons amigos, inclusive alguns bem mais velhos do que ele". O garoto gosta muito de 'trocar ideia' com os professores, porque acha que assim está sempre aprendendo.
Além de Daniel Vitor, o casal Rosângela-Daniel Rosa Martins tem também o filho Mateus, que nasceu com o mesmo problema do irmão mais velho e, da mesma forma, é interessado em ciências e diz que quer fazer vestibular para 

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