segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

CUSTOS DE OBRAS DA COPA DO MUNDO TEM ALTA DE QUASE 14% , APONTA TC

Mesmo com obras inacabadas, a maioria de responsabilidade do governo do estado, houve aumento de custos.
A Copa do Mundo do Brasil terminou há sete meses, mas os custos continuam cada vez maiores. Os atrasos nas obras, atrelados a aditivos, deficiência de planejamento, falta de detalhamento de anteprojetos e orçamentos subestimados são apontados pelo Tribunal de Contas (TC) do Paraná, em relatório divulgado nesta segunda-feira (9), como causadores da elevação de custos em 13,97%, em relação a Matriz de Responsabilidade da Copa, assinada em 2010. O custo subiu de R$ 431,1 milhões para R$ 491,35 mi.
O relatório do TC, que tem como base um levantamento de obras realizadas e em execução até novembro de 2014 - ou seja, já quatro meses após a Copa do Mundo - apontou que 14% do valor inicial das obras corresponderiam a aditivos. Esse percentual, segundo o TC, deverá crescer com novos aditivos que estão em trâmite.
O documento ainda aponta falta de pagamento por parte da prefeitura de Curitiba e do governo do Estado em relação as obras já executadas. Em novembro, segundo o TC, foram executados R$ 400,74 mi em mobilidade urbana para a Copa do Mundo. Desse total, ainda havia dívida de R$ 20,22 mi - dos quais R$ 12,45 mi eram de responsabilidade do Estado R$ 7,77 mi correspondem à dívida da prefeitura.
Obras em atraso
Conforme a Gazeta do Povo apurou até o final do ano passado, o relatório do TC mostra que ainda havia obras em execução em novembro. No município de Curitiba, das seis obras previstas, o maior símbolo do atraso era o Terminal do Santa Cândida. Segundo o TC, em relação ao custo inicial houve aumento de 5,96% para a obra que, até então, ainda não estava pronta, apesar da previsão de término para fevereiro de 2014. Duas obras eram consideradas "praticamente concluídas" pelo TC - o corredor Aeroporto Rodoferroviária (no trecho municipal) e o Sistema Integrado de Monitoramento (SIM).
Os atrasos mais significativos são de projetos do governo do Estado. Todas as quatro obras estavam inconclusas em novembro e eram utilizadas parcialmente: Corredor Aeroporto-Rodoferroviária e Requalificação do Corredor Marechal Floriano (trechos de São José dos Pinhais), Sistema Integrado de Monitoramento Metropolitano e Vias de Integração Radial Metropolitanas (Rua da Pedreira, Avenida da Integração e Alça da Avenida Salgado Filho).
A Gazeta do Povo entrou em contato com a prefeitura e o governo do Paraná para saber as causas do aumento de custos, atrasos em pagamentos e em obras e aguarda retorno.

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