Setenta agentes da Guarda Municipal (GM), escolhidos para o uso de armas de fogo, começaram o treinamento nesta segunda-feira (9).
Eles participaram da aula inaugural, ministrada pela 2ª Escola de Formação, Aperfeiçoamento e Especialização de Praças (2ª Esfaep), no auditório Hélio Moreira.
O curso em período integral, com carga horária de 752 horas, terá duração de quatro meses. Os agentes serão divididos em duas turmas de 35 alunos e estarão em sala de aula a partir de hoje (10), entre as 7 e as 17 horas. Ontem, o tenente Gleicon Vinícius de Paula e o sargento Emerson Luiz de Freitas apresentaram o manual da Esfaep aos participantes.
“Com este manual, vocês terão a possibilidade de sanar possíveis dúvidas no decorrer do curso. A avaliação não será só pelo rendimento acadêmico, mas também pelo rendimento disciplinar. Isso está no projeto pedagógico”, pontuou o tenente. A nota média para a aprovação no treinamento é de 7,0 pontos.
Os conteúdos teóricos envolvem aulas de noções de direito constitucional, direito penal e processo penal, direito administrativo, ética e cidadania, direitos humanos, leis especiais, legislação e educação ambiental, legislação e educação de trânsito, sistema de segurança pública, entre outras.
As aulas práticas ensinarão técnicas de condução de viaturas, técnicas de defesa pessoal, procedimentos padronizados em ocorrências frequentes, técnicas operacionais, gestão de multidões, uso legal e proporcional da força, emprego de equipamentos menos letais e letais (pistola), operações de segurança com cães, primeira intervenção em crises etc.
“Nosso objetivo é contar com 70 profissionais qualificados, prestando serviços com mais preparo e olhar criterioso para a cidade”, defende o diretor da Guarda Municipal, João Carlos Porto.
Para ele, o objetivo é que os 140 servidores da GM sejam capacitados ao longo deste ano. Antes de retornar às atividades, os formandos serão avaliados por psicólogas da Polícia Federal (PF), a fim de reconhecer a capacidade dos agentes em lidar com o uso das armas. Depois do treinamento, porém, os guardas não terão o direito de portar o equipamento fora do horário de serviço.
Durante os quatro meses de curso na Esfaep, o efetivo operacional sofrerá um desfalque de 50%. O diretor reconhece a perda de profissionais no atendimento às ocorrências, mas afirma que curso é necessário para a segurança da cidade. “Os demais órgãos de segurança estão cientes desse processo e, certamente, não haverá perdas ao cidadão. Em junho, Maringá terá metade do efetivo municipal melhor preparado”, garante.
ARMAS
O edital de licitação para a aquisição das armas está sendo elaborado. O documento, que prevê pistolas de calibre .380 (ponto trezentos e oitenta) para uso dos agentes, deve ficar pronto até o início de fevereiro.
A munição dispensa o processo de compra porque somente uma empresa tem patente do Exército Brasileiro para comercializar este tipo de material.
“Programamos as disciplinas específicas de manuseio de armas e de aprendizagem de tiros para o final do treinamento. A previsão é de que o fornecedor entregue todo o material dentro deste período de quatro meses”, finaliza Porto.
Tiago Mathias
Foto - PMM
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