sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

CONDUTOR QUE PROVOCOU ÓBITO DE MOTOCICLISTA NÃO POSSUI CNH.

O motorista que provocou a morte de um motociclista, na noite de sábado (10), no Contorno Norte de Maringá, se apresentou à Polícia Civil. 

Pedro Henrique Pereira, de 18 anos, não possui Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e, até o impacto contra a vítima, havia conduzido o carro na contramão por cinco quilômetros. Às autoridades, ele disse ter sofrido uma “confusão mental”.

Pereira se apresentou na Delegacia de Trânsito na tarde de terça-feira (13), acompanhado por um advogado. Segundo informações da polícia, ele afirmou que reside em Paiçandu há poucos meses e que, por isso, não conhecia bem o trecho pelo qual trafegava no momento do acidente. A falta de sinalização e de iluminação adequadas teriam o deixado confuso.

O Volkswagen GOL, com placa de Sarandi, está em nome da mãe do motorista. Ainda de acordo com a Polícia Civil, o motorista disse ter ficado assustado com a colisão, preferindo se ausentar do local. Pereira também afirmou não ter ingerido bebida alcoólica antes de dirigir.

O delegado-chefe da 9ª Subdivisão Policial (SDP) de Maringá, Osmir Ferreira Neves Junior, adiantou que o motorista responderá, inicialmente, pelo crime de homicídio doloso com dolo eventual. “Ele dirigiu por uma longa extensão na contramão da via pública e, além disso, está inabilitado. Ou seja, apesar de não ter a intenção direta de matar alguém, sua conduta altamente imprudente resultou no acidente com óbito”, explicou durante entrevista coletiva, na manhã desta quarta-feira (14).

Pereira depôs por cerca de duas horas e, em seguida, foi liberado. As investigações devem apurar, conforme o delegado, a responsabilidade do empréstimo do automóvel. “Os familiares o orientaram a procurar a delegacia, mas o problema está na permissão para que ele saísse dirigindo. A atitude também é considerada ilícita e passível de sanções”, afirmou Neves Junior.

CONSEQUÊNCIAS
O motociclista, Sidnei Rodrigues da Silva, de 31 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local do acidente. Segundo familiares, ele havia começado em um NOVO EMPREGO no próprio sábado e retornava para casa pelo Contorno Norte.

Sidnei estava casado há 10 anos e deixa um filho. O casal planejava adquirir uma residência, ao longo deste ano, com o dinheiro da venda do automóvel da família. A viúva, Eliane da Silva, compareceu à delegacia na terça-feira (13), onde pediu empenho e justiça aos investigadores.

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